sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Segue-se, matéria relacionada à Unidade de Estudo 5.3 - "Área de Interesse Estratégico: Amazônia Verde, Amazônia Azul e Controle do Espaço Aéreo".


FAB apresenta software nacionalizado para Controle do Espaço Aéreo


 A Força Aérea Brasileira (FAB) apresenta, nesta quinta-feira (15), o Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatórios de Interesse Operacional (Sagitário), que gerencia as aeronaves no céu do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II), em Curitiba. O processo foi iniciado no segundo semestre de 2010 na capital paranaense, em substituição ao sistema X-4000, que ainda é usado no país.
A segunda etapa de implementação do Sagitário aconteceu no Cindacta III, no Recife, neste ano. O próximo passo será em novembro, no Cindacta I, em Brasília. A finalização do processo será em 2012, no Cindacta IV, em Manaus, segundo estimativa da FAB.
Os detalhes do software serão demonstrados pelo tenente-brigadeiro-do-ar Ramon Borges Cardoso, diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), e pelo tenente-coronel Walcyr Josué de Castilho, do controle de tráfego aéreo da FAB, na sede do Cindacta II. O comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro-do-ar Juniti Saito, e o ministro da Defesa, Celso Amorim, também participam do evento.
 Agilidade de ações
Uma das principais características do novo sistema é que a ferramenta vai permitir a redução da carga de trabalho dos controladores e tornar as operações envolvidas no controle do tráfego aéreo mais ágeis.
O Sagitário foi desenvolvido pela empresa brasileira de tecnologia ATECH, que se baseou em um software com padrões de controle de espaço aéreo europeu e usou sugestões de um grupo seleto de controladores para aperfeiçoar o sistema aos padrões aéreos nacionais. Um dos principais pedidos foi a troca da cor da tela do software na tela dos computadores. Antes era preta e agora é cinza.
Os controladores podem contar com imagens meteorológicas na tela, como nuvens, registradas por meio de radares meteorológicos da Aeronáutica ou de satélites. Com a ferramenta é possível desviar um voo que estiver em rota direcionada para uma área de instabilidade muito forte e com turbulência. Controladores dos Cindactas II e III, no Paraná e no Recife, já usam o Sagitário, que tem tela cinza.  
Sinergia Tecnológica
Os controladores dos Centros de Controle de Área (ACC) de Curitiba e do Recife estão trabalhando com o Sagitário e com o X-4000 em sinergia.Uma das principais mudanças do novo sistema está na transferência dos voos entre controladores. Isso acontece, por exemplo, quando uma aeronave passa de uma região monitorada por um ACC para outra. A transferência total de sistema deve demorar cerca de oito a dez meses, em cada Cindacta.
Com o X-4000 o controlador precisa comunicar essa transferência por telefone ao colega em outro centro. Com o Sagitario, esse procedimento passa a ser feito pela própria tela do computador. O telefone só vai continuar a ser necessário quando a transferência for para um local que não usa o novo sistema, como um aeroporto pequeno.
Por conta da carga de tarefas, os controladores trabalham em dupla – uma deles cuida principalmente da comunicação com pilotos e da operação na tela do computador, enquanto o outro monitora o trabalho e fica responsável por outras atividades, como o uso do telefone.
Para o tenente-coronel Nilo Sérgio Machado de Azevedo, da Divisão de Operações do Cindacta I, em  Brasília, o Sagitário permite que o controlador substitua comandos hoje feitos no teclado do computador por cliques de mouse, o que faz com que fique mais atendo à movimentação de aeronaves na tela do computador.
Segurança de Voo
Outra característica evolutiva do Sagitário em comparação com o X-4000 é o alerta de conflito de rota, que no novo sistema é acionado com mais antecedência. O sistema novo aponta a existência de conflito de rota entre duas aeronaves quando elas ainda estão no chão, apenas como o plano de voo apresentado pelo piloto e que é colocado no software. No modo operacional anterior, isso só é possível com as aeronaves em voo.
 Fonte: G1 - 15 Set 2011

Segue-se, matéria relacionada à Unidade de Estudo 4.2 - "Indústria de Defesa, Tecnologia e Inovação".

 

Empresas consideradas estratégicas para defesa terão isenção de impostos

Empresas classificadas como estratégicas para a defesa nacional ganharão um pacote de incentivos, com isenção do pagamento de IPI e PIS/Cofins, segundo medida provisória em fase final de revisão na Casa Civil da Presidência. A MP, que será enviada ao Congresso nos próximos dias, complementa a decisão, divulgada com o plano Brasil Maior, de dar preferência a fornecedores nacionais para ministérios como o da Defesa, que poderá pagar até 25% a mais nas compras dessas empresas.
Entre as empresas que o governo espera ver beneficiadas com os incentivos, estão - além das companhias de menor porte fornecedoras das Forças Armadas, como a Avibrás - gigantes como a Embraer e a Odebrecht, que criou este ano uma subsidiária só para o setor de defesa, reunindo suas participações em empresas de tecnologia aeroespacial, sistemas de segurança e construção de submarinos.
A isenção será concedida por cinco anos aos projetos de fabricação submetidos ao Ministério da Defesa e aprovados pelo governo. A medida provisória, elaborada por cinco ministérios (Defesa, Planejamento, Fazenda, Desenvolvimento e Ciência e Tecnologia), estabelece que as empresas beneficiárias devem ter controle de capital nacional, instalar-se no país e se comprometer com investimento em ciência e tecnologia.
As empresas candidatas ao regime tributário especial a ser criado terão de ter brasileiros em pelo menos dois terços de seu capital e do conselho de administração, e comprovar a existência de acordo de parceria com instituição científica ou tecnológica brasileira.
Os responsáveis pela MP comparam o regime a uma "golden share", que permitirá ao governo maior controle sobre investimentos e produção de material de defesa, como equipamentos aéreos, navais e terrestres, de comunicação e inteligência com usos militares.
Entre os técnicos que lidam com o tema, é lembrado o exemplo da ex-subsidiária da Petrobras responsável pela produção de combustível sólido para o programa brasileiro de satélites, a Petroflex. Privatizada, a companhia foi vendida à Suzano e, depois, adquirida por um grupo alemão, Lanxess, que interrompeu a fabricação de um dos componentes essenciais para o combustível sólido.
Além de aumentar a competitividade das companhias nacionais existentes, o governo quer estimular empresas estrangeiras a procurar sócios nacionais para investir em transferência tecnológica nos produtos a serem fornecidos para as Forças Armadas e setores de segurança dos governos estaduais.
Os fabricantes nacionais se queixam de que os concorrentes estrangeiros são isentos de imposto, enquanto os produtores nacionais são submetidos a uma carga tributária de até 40% - que seria reduzida ou eliminada com a medida provisória a ser editada nos próximos dias.
"É uma decisão que vai mudar o perfil do modelo de negócios no setor", comemorou o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luis Carlos Aguiar. A redução da carga tributária para o setor é um "diferencial importante", avaliou Aguiar.
"O mercado de defesa no Brasil deve ser um dos mais abertos à participação estrangeira", comentou o executivo, lembrando que, para a venda de aviões Super Tucanos nos Estados Unidos, foi obrigado a entrar em licitação como fornecedor de uma empresa americana, autorizada a participar da concorrência governamental.
Com a aprovação do incentivo fiscal para a indústria de defesa, as empresas do setor passam a alimentar a expectativa que o governo crie uma solução para o maior obstáculo encontrado pelos fornecedores das Forças Armadas, ou seja, a incerteza sobre a manutenção dos recursos orçamentários. O planejamento dos investimentos no setor é afetado pela descontinuidade na liberação de verbas para os projetos. Segundo Aguiar, o contingenciamento tem afetado até recursos com empenho garantido.
 Fonte: Valor Econômico - 15 Set 2011

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

ATIVIDADES DA 1ª SEMANA

Segue-se a programação da 1ª semana do curso, que será realizada no Auditório Térreo do Ministério da Defesa:

1. Dia 20 de setembro (Ter)
    a. Das 13:30 às 15 horas: avisos iniciais e apresentação dos estagiários ao Comandante da Escola Superior de Guerra (ESG).
    b. Das 15 às 17 horas: aula inaugural, a ser proferida pelo Sr. Ministro de Estado da Defesa.
2. Dia 21 de setembro (Qua)
    - Das 9 às 12 horas: palestra sobre a Estratégia Nacional de Defesa, a ser proferida pelo Contra-Almirante José Luiz Ribeiro Filho, Subchefe de Política e Estratégia do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.
3. Dia 22 de setembro (Qui)
    - Das 9 às 12 horas: palestra sobre a Nova Estrutura Organizacional da Defesa, a ser proferida pelo Dr. Ari Matos Cardoso, Secretário de Coordenação e Organização Institucional do Ministério da Defesa.