sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

ATENÇÃO CANDIDATOS AO CSUPE 2014



O CSUPE do ano de 2014 começará no dia 15 de agosto (sexta-feira) e terminará em 27 de outubro. Seguem-se, algumas informações a respeito do curso:



1. O curso é conduzido pelo Campus Brasília da Escola Superior de Guerra. As atividades acadêmicas são realizadas no auditório térreo do Ministérios da Defesa, de terça a quinta, no horário das 09:00 às 12:30.  



2. O processo seletivo para matrícula no curso é realizado pela sede central da Escola Superior de Guerra (ESG), localizada no Rio de Janeiro, dentre os candidatos indicados pelos Ministérios, Instituições, Empresas e Órgãos convidados.



3.O Campus Brasília da Escola Superior de Guerra não se encarrega do processo seletivo à matrícula no  curso; apenas conduz a execução de suas atividades acadêmicas.



4. O número de estagiário varia anualmente (cerca de 50).



5. O processo seletivo não exige a presença física dos indicados no Rio de Janeiro ou em Brasília, pois a seleção não é presencial. Não há provas de conhecimento intelectual para a seleção dos indicados e nem entrevistas pessoais. A seleção é realizada pela análise curricular dos documentos enviados para a sede central da ESG- Rio. 



6. O curso realizará 02 viagens de estudos, em território nacional, cujas despesas são suportadas pelos órgãos que indicam candidatos.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

ESG entrega diplomas para turma do Curso Superior de Política e Estratégia


Brasília, 24/08/2013 – Cerimônia realizada nesta quinta-feira (24), no auditório do Ministério da Defesa (MD), marcou o encerramento da terceira edição do Curso Superior de Política Estratégica (CSUPE) da Escola Superior de Guerra (ESG) – Campus Brasília.

Os 50 alunos – 40 civis e 10 militares – de 31 órgãos e instituições da Administração Federal e do governo do Distrito Federal foram diplomados após nove semanas de atividades. A oradora da turma foi Claudia Vieira Pereira, do Tribunal de Contas da União (TCU). Na mensagem aos colegas, ela destacou a importância do aprendizado sobre a Política Nacional de Defesa e a Estratégia Nacional de Defesa.

Mensagem da oradora da turma

"Excelentíssimo Almirante Graczo, na pessoa do qual saúdo todos os militares presentes neste auditório;

Prezado Brigadeiro Delano, Diretor da ESG-Campus Brasília, em nome de quem cumprimento os demais civis;

Queridos colegas da turma do Curso Superior de Política e Estratégia - CSUPE 2013, recém-batizada de Turma Pedro Teixeira;

Senhores e senhoras, familiares e amigos aqui presentes,

Bom dia a todos!

Após uma...digamos...democrática eleição, coube a mim a honrosa tarefa de ser a oradora da turma e, por consequência, fazer os agradecimentos finais no CSUPE 2013. Confesso que estou sentindo o peso da responsabilidade, pois tenho certeza de que qualquer outro colega aqui presente desempenharia esse papel com brilhantismo, tendo em vista o elevado nível intelectual dos integrantes desta turma. Mas, vamos lá, porque, como dizem os militares, missão dada é missão cumprida...Então tentarei ser breve no cumprimento desta nobre missão.

Há nove semanas, se iniciava mais uma turma do curso superior de política e estratégia, promovido pela Escola Superior de Guerra. Sei que muitos de nós já haviam ouvido falar da ESG como uma instituição séria e reconhecida por sua excelência e, por isso mesmo, creio que as expectativas eram grandes. Cada um chegou aqui com seus interesses pessoais e profissionais, mas o quê exatamente esperar de uma escola superior de GUERRA???

Bem, pra começar, estávamos todos, civis e militares, sentados lado a lado aqui nesse auditório (o que não é muito comum de acontecer...), e durante esse período de tempo, fomos brindados com doses generosas de informações a respeito dos mais variados temas, apresentados por profissionais competentes, dedicados e dispostos a compartilhar conosco seu vasto conhecimento. A sede de conhecer era tamanha que houve gente que até compareceu à escola quando nem era dia de aula (não é verdade, Rejane???)!

Nesse caminhar, fomos primeiramente apresentados aos conceitos de poder, política e estratégia adotados pela ESG, para facilitar o entendimento de todos. Depois, aprendemos mais sobre aspectos relacionados à geopolítica, seus fundamentos, sua importância na definição das estratégias nacionais, bem como fomos levados a refletir sobre a posição de destaque que o Brasil atualmente ocupa no cenário internacional e as implicações estratégicas da evolução da população brasileira, principalmente em função do seu envelhecimento.

Tivemos também a oportunidade de compreender melhor a Política Nacional de Defesa (PND), a Estratégia Nacional de Defesa (END), bem como o Livro Branco de Defesa Nacional (LBDN), que, de tanto esperar por sua aprovação no Congresso Nacional, já estava ficando até amarelado (a aprovação, aliás, ocorreu durante o período do nosso curso - somos pé-quente!).

Aprendemos então que a Estratégia Nacional de Defesa trata da reorganização e da reorientação das Forças Armadas, da organização da Base Industrial de Defesa e da política de composição dos efetivos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Ao propiciar a execução da Política Nacional de Defesa com uma orientação sistemática e com medidas de implementação, a Estratégia Nacional de Defesa contribuirá para fortalecer o papel cada vez mais importante do Brasil no mundo.

Nessa linha, fomos apresentados à estrutura dos órgãos de defesa, como o Ministério da Defesa e as Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica). Pudemos conhecer um pouco de alguns dos grandes programas e projetos de defesa conduzidos por essas instituições, tais como o Programa Nuclear da Marinha e o Programa Espacial Brasileiro, que são de alta complexidade e de importância estratégica para o país, mas que sofrem dificuldades na sua gestão, principalmente em virtude da descontinuidade do aporte de recursos financeiros e da insuficiência de recursos humanos qualificados.

Assistimos, emocionados, as apresentações sobre o Programa Antártico Brasileiro e sobre a atuação das forças armadas em ações subsidiárias e em operações de paz.

Pudemos refletir também sobre os desafios, as dificuldades e as oportunidades para o desenvolvimento da base industrial de defesa, essencial para a autossuficiência do país em termos de produção de equipamentos e de sistemas de defesa.

Mas um dos pontos fortes desse curso, sem sombra de dúvida, foram as viagens de estudo, por meio das quais tivemos a oportunidade de aliar a teoria à prática. Pudemos ver de perto a atuação das Forças Armadas; conhecemos oficiais engajados, dedicados, abnegados; visitamos um centro tecnológico, bases navais e pelotão de fronteira; conhecemos navios, submarinos, aeronaves, onça, índios...ufa! Enfim, fomos agraciados com uma experiência única, que poucos brasileiros têm o privilégio de viver, que é a de conhecer os rincões desse Brasil Continental...e o melhor de tudo: com o padrão ESG de organização!

Saímos do conforto de nosso lar e de nossos gabinetes e fomos ao encontro de uma realidade dura. Fomos até a cabeça do cachorro, no noroeste do Amazonas, visitamos São Gabriel da Cachoeira e Maturacá, local em que se encontra o 5 Pelotão Especial de Fronteira. E podemos chama-lo de especial mesmo, pois é um local inóspito, onde só se chega de avião, quase na fronteira com a Venezuela, onde há grande quantidade de índios, mas os oficiais que lá se encontram são desprendidos, abnegados, imbuídos de um sentimento comovente de patriotismo...Comovente sim, porque eles deixaram seus lares e suas famílias, sacrificando seu bem-estar pessoal em favor de um ideal de bem-estar coletivo, para defender seu país e ajudar aquelas pessoas que vivem em condições precárias...as quais, a meu ver, sendo índios ou não, devem ser considerados cidadãos brasileiros e, por isso, merecem viver dignamente...Essa realidade é muito impactante e nos faz refletir sobre nosso papel na sociedade, sobre as políticas públicas vigentes, sobre o que queremos para o nosso país...

Essa é uma prática que sempre defendi no Tribunal, a de sairmos de trás dos papéis, do conforto de nossas salas com ar condicionado, e irmos aonde a política é efetivamente executada, para termos ciência da realidade dos fatos, das dificuldades encontradas pelos gestores para sua implementação e, com isso, termos a sensibilidade necessária para realizarmos nosso trabalho da melhor forma possível, visando sempre ao bem comum.

E aqui aproveito a ocasião para me defender do bullying institucional que sofri durante todo o curso e reafirmo que o TCU, como qualquer outra organização, possui falhas a serem corrigidas, mas tenho convicção de que nosso papel enquanto órgão de controle é contribuir para o aperfeiçoamento da Administração Pública em prol de toda a sociedade.

Como disse antes, cada um de nós chegou aqui com uma expectativa própria em relação ao curso, mas estou certa de que, após essa experiência acadêmica e ao mesmo tempo prática, todos saíremos com uma visão mais acurada e realista da política de defesa e buscaremos aplicar, no nosso trabalho, o conhecimento aqui adquirido, com vistas a construir um país melhor, mais justo.   

Conclusão:

A riqueza da convivência entre nós, civis e militares, provenientes de diversos órgãos e instituições, públicas e privadas, aliada ao conhecimento transmitido e à troca de experiências, tanto profissionais quanto pessoais, é o que faz da Escola Superior de Guerra uma escola diferenciada, um campo fértil para o desenvolvimento de capacidades e de habilidades a serem utilizadas em benefício do nosso país.

Se eu tivesse que escolher uma única palavra para resumir tudo o que eu vivenciei aqui nessas últimas nove semanas (e meia de amor???), eu escolheria GRATIDÃO. Gratidão pelo conhecimento adquirido; Gratidão pelo convívio harmonioso e prazeroso com pessoas tão inteligentes e queridas, cada uma com seu jeito e características próprias; Gratidão pela oportunidade de ter conhecido uma outra realidade do nosso país; Gratidão por estar aqui e agora!

E como não poderia deixar de ser, gostaria de manifestar nossos sinceros agradecimentos a cada um dos coordenadores e colaboradores do curso, que estiveram aqui conosco diariamente, nos proporcionando um ambiente agradável, aconchegante (apesar do frio do ar condicionado!), propício aos estudos e favorável à convivência harmônica entre todos, convivência essa estimulada através dos intervalos entre as palestras...intervalos turbinados com suco, cafezinho, biscoitos, bolos e pequenos sanduíches, feitos cuidadosamente pelo xxxx, que acordava de madrugada para que tudo pudesse estar pronto de manhã cedo, para nosso deleite... Aliás, já estou sabendo que há pessoas que ficaram dependentes desses lanchinhos matutinos e que, por isso, gostariam de manter essa tradição vindo tomar seu café da manhã todos os dias aqui na ESG antes de ir trabalhar...(né, Maurício?!)

Permitam-me então citar cada um deles nominalmente, pois sem eles o curso não teria o sucesso que tem:

Nosso querido coordenador do curso, Cel Paulo Roberto, sempre atento e preocupado com nossos confortos pessoais, procurando sempre fazer tudo funcionar da melhor maneira, alertando-nos diuturnamente com seus avisos acadêmicos.

O nosso querido (e às vezes distraído) fotógrafo, que retratou belas imagens durante as viagens, Sargento Fuzileiro Naval Cardoso.

Brigadeiro (R1) DELANO 

Coronel do Exército (R1) BONFIM
Coronel do Exército (R1) PAULO ROBERTO
Coronel da Força Aérea (R1) CAVALCANTI
Capitão-de-Corveta DAYSE
Capitão do Exército (R1) SILVA
Sargento Fuzileiro Naval (RM1) CARDOSO
Sargento da Marinha FREITAS
Sargento da Força Aérea QUADRAT
Cabo do Exército DIGERSON
Cabo da Força Aérea DOS SANTOS
Srta ANA PAULA

O amigo CADU

Por fim, gostaria de deixar registrada a opinião de alguns colegas que se manifestaram sobre essa experiência vivida no CSUPE 2013.

Como também é tradição na nossa turma, a primeira a ser referenciada será nossa querida Rejane, a debatedora 01 de todas as palestras!

Rejane: o curso foi muito mais do que um banho de informação: foi também uma experiência transformadora, abrindo horizontes e desfazendo preconceitos. Nos deixou orgulhosos do trabalho dos nossos militares, mas também - pelo menos no meu caso - carregada de preocupações novas.

Antonio: O curso permitiu a melhor compreensão da diversidade e das diferenças de nosso País, possibilitando o alcance de uma nova ideia de Brasil e do conceito de Nação.

Thiago: o CESUP foi mais que um curso de política e estratégia, foi um verdadeiro curso de Brasil e brasilidade.  De amor à pátria, coroado com o que vimos na Amazônia.  Além disso, é sempre legal reforçar a ideia de acabar com preconceitos e aumentar a relação civil-militar.

 Marcelo: O curso, para mim, foi um banho de brasilidade. A brasilidade que nos enche de orgulho. Foi, também, uma oportunidade de aprender coisas novas, conhecer questões sensíveis que, embora de difícil solução, nos enriquecem pelo simples estímulo à reflexão sobre elas. Eu resumo assim: emocionante.

Augusto Honório: creio principalmente que a expressão SINERGIA - um todo maior do que a mera soma das partes - resuma bem o nosso convívio nas últimas semanas, congregando adequadamente além de nós estagiários, também e com igual intensidade os diversos preletores e os gestores do curso".

Obrigada!


Nesta quinta também foi inaugurada a placa com os nomes dos formandos. No início da manhã, logo após um café da manhã servido no Salão de Honra, eles posaram para a foto oficial da Turma.


Além das aulas teóricas, os alunos participaram de duas viagens técnicas. Uma delas foi ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP). Na outra, os alunos conheceram a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), além de unidades militares nos municípios de São Gabriel da Cachoeira e Maturacá, ambos no Amazonas.

 
Entre os objetivos do CSUPE está o fortalecimento da mentalidade de Defesa entre servidores e gestores de órgãos públicos. Eles tiveram a oportunidade de conhecer as políticas e as estratégias nacionais como os programas nuclear e espacial brasileiro.

Amorim profere palestra para estagiários do curso de Política Estratégica da ESG



 Brasília, 23/10/2013 - Com o tema “Defesa e Desenvolvimento no governo Dilma Rousseff”, o ministro da Defesa, Celso Amorim, proferiu, nesta quarta-feira (23), palestra de encerramento do Curso Superior de Política Estratégica (CSUPE). Essa é a terceira edição do curso, realizado pelo Campus Brasília, da Escola Superior de Guerra (ESG). O CSUPE está formando 40 civis e 10 militares, de 31 órgãos e instituições da Administração Federal e do governo do Distrito Federal.
Em seu discurso, o ministro ressaltou que a realização anual do CSUPE contribui para a formação de civis especializados na área, diretriz prioritária da Estratégia Nacional de Defesa (END). 

Amorim também destacou que, no Brasil, a última década foi marcada por uma vertiginosa trajetória de progresso interno e por projeção externa. “Em 10 anos, dezenas de milhões de pessoas saíram da pobreza e entraram na classe média. Milhões de brasileiros passaram a ter acesso a bens materiais e culturais, e cada vez mais, passam a desfrutá-los, por meio de bens sucedidas políticas que se tornaram referência no mundo.”

O ministro disse ainda que as políticas de governo favorecem uma América Latina pacífica e integrada, e parcerias com países emergentes como os integrantes do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). “Assumimos com gestos concretos nossa vocação de um país provedor de paz e capaz de contribuir para um mundo mais estável e solidário,” disse.

Para Amorim, o país atua no sentido de alterar a correlação de forças nos processos de negociações comerciais. Segundo ele, esse momento histórico impõe responsabilidades de grande magnitude e uma das principais delas é da defesa nacional. “O país não pode destacar a hipótese de seus interesses estratégicos sejam antagonizados”.
De acordo com o ministro, um país em desenvolvimento como o Brasil, e com crescente projeção no mundo, tem que se fazer respeitar, e isso implica em concentrar a adequada capacidade de dissuasão, que desencorajem ações hostis à nossa soberania e aos nossos interesses.





Ele lembrou ainda que o país possui um imenso patrimônio de recursos naturais, hídricos, energéticos, tecnológicos e de produção de alimentos. “E o crescimento da demanda global por esses recursos nas próximas duas décadas nos impõe prudência. Esses ativos naturais e tecnológicos serão cada vez mais fundamentais para o nosso desenvolvimento”, destacou o ministro.
Outros assuntos foram destaques da mensagem do ministro Amorim aos 50 estagiários do CSUPE. Ele salientou os acordos de cooperação que estão sendo desenvolvidos nas áreas de ensino, como a criação da Escola de Defesa Sul-Americana, da União das Nações Sul-Americanas (Unasul); a realização do primeiro seminário da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (Zopacas); as missões de paz do Brasil no Haiti e no Líbano, além dos esforços do Conselho de Defesa Sul-Americano da Unasul (CDS) para a construção de uma concepção de defesa comum e pluralista.
Os estagiários que estão se formando esta semana são altos funcionários da Administração Federal. Durante dois meses os alunos tiveram a oportunidade de conhecer as políticas e as estratégias nacionais de defesa como os programas nuclear e espacial brasileiro. Além de aulas teóricas, os estagiários visitaram o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP), e o 5º Pelotão Especial de Fronteira (PEF), em Maturacá (AM).
Indústria de defesa
Amorim disse que o governo compreende que defesa e desenvolvimento são objetivos complementares. “O reforço em nossa indústria de defesa contribui para a proteção do nosso modelo de desenvolvimento”.
O ministro recordou as palavras da presidenta Dilma, por ocasião da inauguração da unidade de fabricação de estruturas metálicas submarinas (UFEM), em Itaguaí (RJ), “a indústria de defesa é acima de tudo, uma indústria de conhecimento”.
Ele frisou que a reorganização da indústria nacional de defesa, com a regulamentação recente do Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa (Retid), estabelece mecanismos de fomento à Base Industrial de Defesa (BID). “É um passo decisivo para assegurar a continuidade da capacidade produtiva da base industrial de defesa”, concluiu.