sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Segue-se, matéria relacionada à Unidade de Estudo 5.1 - "Conjuntura e Relações Internacionais".


Brasil, China e Índia admitem ampliar recursos para FMI ajudar zona do EURO

Os três maiores emergentes - Brasil, China e Índia - admitiram ontem no G-20 examinar maneiras de fornecer mais recursos para o Fundo Monetário Internacional (FMI), a fim de evitar que a crise da Grécia contagie mais países como Espanha e Itália.

O Valor apurou que a opção que começa a prevalecer é de acordo bilateral de financiamento, pelo qual o Brasil e outros emergentes fazem promessa de recursos para o FMI, de forma temporária. Quando o fundo precisar do dinheiro para ajudar Portugal ou Grécia, por exemplo, o Brasil libera então sua parte de recursos.

Esse mecanismo de linha de crédito bilateral é considerado mais rápido e mais fácil de ajudar no curto prazo, se necessário, sem alterar a reforma de cotas de 2010 e sem prejuízo de outra reforma que dê mais tarde poder decisório adicional para esses países no FMI.

O Brasil, China e Índia basicamente mantêm a coerência com o que tinham anunciado em Washington sobre participar de ajuda via FMI, se necessário. Confidencialmente, a presidência francesa do G-20 colocou opções na mesa de negociações há duas semanas. E ontem houve a primeira discussão mais aprofundada sobre o tema.

O presidente da Comissão Europeia, José Durão Barroso, considerou necessário esta semana que a cúpula do G-20 decida sobre mais dinheiro para o FMI socorrer países em dificuldades. E foi nesse cenário que os europeus apresentaram outras opções, só que mais complicadas. Uma delas era de alterar o compromisso feito no acordo de ampliação das cotas em 2010. Assim, recursos fornecidos pelos paises ao NAB, um programa adicional de empréstimos do FMI, hoje totalizando mais de US$ 500 bilhões, não poderiam ser transferidos para pagar o aumento das cotas. Ou seja, os países teriam que colocar dinheiro novo para as cotas.

Porém, os EUA não aceitam de jeito nenhum essa opção. A expectativa é de que agora a linha de crédito bilateral pelo FMI possa atrair os americanos, que até agora têm achado que os europeus devem resolver seus problemas com seus próprios recursos.

Também são consideradas complicadas e tecnicamente difíceis propostas como um "IMF-run special purpose vehicle", que significa emprestar ao FMI comprando bônus especiais. Segundo negociadores, não foi discutido ainda nenhum montante para a linha de financiamento. A África do Sul e a Rússia, membros do Brics, não se manifestaram ontem. Indagado por que ainda falavam em "examinar" ao invés de logo aceitar, um negociador de emergente disse que já se trata de um avanço, porque vários outros países não querem fornecer mais recursos para o FMI, mesmo em base temporária.

Pela manhã, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse em entrevista que os emergentes não tinham papel a jogar para salvar bancos europeus. Já a interpretação de fontes europeias é de que o mecanismo que está sendo discutido poderia também ser usado para recapitalização dos bancos.

Em todo caso, o movimento mostra que os grandes emergentes, com enormes reservas, tendem a ampliar sua influência no FMI. Negociadores insistiram que não há acordo, ainda, e as opções estão abertas. Mas a França impulsiona firme por um anuncio em Cannes, no começo de novembro.

Fonte: Valor Econômico - 14 Out 2011

Segue-se, matéria relacionada à Unidade de Estudo 5.1 - "Conjuntura e Relações Internacionais".



Brasil inaugura em 2012 um dos maiores bancos genéticos do mundo: Reservatório deve quadruplicar a capacidade de armazenamento de sementes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)

ISTAMBUL - O Brasil vai inaugurar em 2012 um dos maiores bancos genéticos do mundo para o estoque de sementes e variedades de alimentos. A iniciativa é da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que investirá R$ 10 milhões para multiplicar por quatro a atual estrutura da instituição.

"É questão de segurança nacional, tanto por motivos econômicos quanto para garantir a capacidade de produzir alimentos para a população", declarou ao Estado o presidente da Embrapa, Pedro Antonio Arraes Pereira, durante viagem à Europa com a presidente Dilma Rousseff.

Hoje, a Embrapa armazena 200 mil espécies de plantas, sementes e informações em seu germoplasma - unidade conservadora de material genético. Com a quadruplicação dessa cifra, apenas Estados Unidos, Europa e China teriam bancos genéticos superiores aos do Brasil.

Na avaliação de Pereira, a construção do reservatório genético pretende dar garantia ao Brasil no enfrentamento de eventuais surtos de novas doenças. "É uma proteção para o futuro", disse, lembrando que os recursos genéticos podem ficar até cem anos estocados dessa forma.

O Brasil é o terceiro maior exportador agrícola, superado apenas por Estados Unidos e União Europeia. Pelas projeções da Embrapa, a produção de alimentos no mundo terá de dobrar até 2030 para abastecer os mercados. Internamente, o combate à pobreza significará consumo cada vez maior. A proteção da riqueza agrícola do País, portanto, passa a ser exigência estratégica.

Além de multiplicar o reservatório de recursos genéticos de plantas e sementes autóctones, a Embrapa promete focar suas atenções na cana-de-açúcar, tanto para desenvolver espécies mais produtivas em termos energéticos como para se proteger de pragas. Onze novas espécies de canas estão sendo trazidas dos reservatórios genéticos dos Estados Unidos para o Brasil.

Outro exemplo é a tentativa de se aproximar da China, com a abertura de um laboratório no país asiático para trazer ao Brasil resultados de pesquisas e informações genéticas sobre a soja. A soja tem origem na China e uma colaboração é vista como importante para permitir que a Embrapa possa desenvolver sementes com novas resistências. "Essa pesquisa pode dar maior resistência às nossas variedades de soja", explicou.

Para Pereira, é o comportamento do Brasil que dificulta a ampliação da base de dados genéticos, já que países como os EUA oferecem informações genéticas apenas ao ver que há uma atitude de reciprocidade. Ele critica o fato de que, no País, parte da classe política resiste a qualquer indicação de que o Brasil possa facilitar a troca de informações genéticas com um parceiro estrangeiro, alegando que o País revelaria dados fundamentais a concorrentes. Para ele, a discussão sobre a proteção de recursos genéticos pelo governo, sob a alegação de defender a soberania nacional, não faz sentido.

Estratégia. A construção do reservatório de recursos genéticos faz parte de uma estratégia de internacionalização da Embrapa. Nos últimos cinco anos, a empresa duplicou seu orçamento destinado a apoiar atividades no exterior, chegando a quase US$ 2 milhões por ano para manter projetos, escritórios e troca de informações. Apesar de ser usada como uma perna científica da diplomacia brasileira, a empresa não conseguiu do Executivo a aprovação de uma legislação internacionalizando a Embrapa.

Nesta semana, o presidente da entidade aproveitou a viagem com a comitiva presidencial para voltar a fazer o apelo ao assessor de Assuntos Internacionais da presidência, Marco Aurélio Garcia, que prometeu acelerar os trâmites.

 Fonte: O Estadão - 14 Out 2011

Segue-se, matéria relacionada à Unidade de Estudo 5.1 - "Conjuntura e Relações Internacionais".



Agenda ameaçada: Cúpula do G-20 vai reunir-se sob o estigma da Europa fraturada e à beira de uma crise sistêmica

A reunião entre os ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais dos países do Grupo dos 20 (G-20) hoje e amanhã em Paris deverá realçar a divisão de interesses entre o mundo rico em crise avançada e os emergentes, candidatos a potências econômicas.

           Preparatória do encontro de cúpula dos chefes de governo do G-20, dias 3 e 4 no balneário francês de Cannes, a reunião já reflete o desespero dos governos europeus com a falta de acordo no interior da união monetária sobre o plano para estancar a hemorragia dos bancos da região mais expostos aos papéis das dívidas soberanas da Grécia insolvente, de Portugal e Irlanda abalados pela falta de crédito, e de Itália e Espanha vitimadas pelas suspeitas sobre a capacidade de crescer em ritmo acima do custeio de seus passivos.

         O ministro da Fazenda, Guido Mantega, sabe o que vai encontrar. A crise dos bancos europeus, disse ele em Paris, é mais grave do que se supunha há duas semanas, devendo, por isso, deixar para segundo plano a agenda original da reunião. Ela prevê, ou previa, o debate de regras contra o protecionismo, condições da conta de capitais, a acumulação de reserva de divisas, maior controle dos bancos com operações globais e o aumento das contribuições dos emergentes ao Fundo Monetário Internacional, vinculado a mais poder de decisão.

         Tais questões serão discutidas neste encontro, mas, se os chefes de governo da Zona do Euro chegarem a algum consenso sobre o plano anticrise, a sua apresentação será o tema principal da cúpula do G-20. Não é certo que isso ocorra conforme a expectativa. E ainda que a cúpula da União Europeia, dia 23, aprove alguma coisa, não é garantido que detenha a fuga dos investidores da área do euro.

"Dizem-nos que este último plano para salvar a Europa de si mesma é de fato um plano, e não só um plano para ter um plano", ironizou o economista canadense David Rosenberg, de muito prestígio em Nova York. Mas "agora cresceu a sensação de déjà vu nos mercados".

          Foi o que levou à queda das bolsas na quinta-feira, interrompendo a sequência de altas na semana pela expectativa de algo grandioso — o tal plano, anunciado pelo presidente da Comissão Europeia, que equivale ao conselho de ministros comunitários, o português José Manuel Durão Barroso. O plano remete ao que se tornou urgente: as dificuldades de liquidez dos bancos europeus. As bolsas subiam por isso. Caíram ao se conhecer as condições propostas por Barroso.

           A lucidez de Mantega
          Os bancos terão de aumentar o capital, e isso quando o mercado de ações está avesso a riscos, sobretudo do setor financeiro. Mas não só: os bancos que fossem socorridos, inicialmente pelo governo de sua jurisdição e eventualmente pelo Banco Central Europeu (BCE) ou pelo fundo de estabilidade (EFSF, em inglês) recém-aprovado com dotação de 440 bilhões de euros, não poderão pagar dividendos aos acionistas e bônus aos executivos. Barroso vocalizou a proposta do governo da Alemanha, repudiada até pelos bancos alemães.

Com discurso e análise cada vez mais afinados, Mantega matou em cima: "Se todo o prejuízo for imposto aos bancos, poderá criar-se uma nova crise financeira, com consequências mais graves. Acho correto que se imponham perdas aos bancos. Mas os países europeus vão ter de participar [também] da capitalização dos bancos".

         União de perturbados
Essa é a questão. Se dois anos atrás, quando o então novo governo de George Papandreou denunciou a maquilagem das contas fiscais da Grécia, a União Europeia tivesse agido com firmeza, a situação não teria se deteriorado a ponto de se estar à beira de uma crise com "dimensões sistêmicas", segundo palavras de Jean-Claude Trichet, o presidente em fim de mandato do BCE. Os papéis da dívida grega, e de outros países do euro, comprados pela banca sob o pressuposto de que seriam tão seguros quanto os da Alemanha, não teriam virado pó, já que a Grécia poderia ter sido resgatada em outros termos. A demora expôs todas as mazelas de uma união monetária artificial.

US$ 2,1 tri em risco
O que a Europa tem de resolver torna supérflua a agenda do G-20, por maior que seja sua importância. Está-se diante, segundo dados do Bank of International Settlements (BIS), o fórum dos maiores bancos centrais, inclusive do Brasil, de valores impressionantes.

Os bancos europeus carregam US$ 2,1 trilhões de euros de títulos soberanos de Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, os tais PIIGS, representando 73% de seus ativos totais. Se 30% desse total fossem riscados do balanço, a banca teria de aumentar o capital em US$ 630 bilhões. Sem apoio de governos, isso não será feito. E aí?

Dizer não sem remorso
No ambiente de empurra-empurra da Europa, como disse Mantega, ele tem mais é que ouvir muito, falar pouco, dizer não sem remorsos e ficar atento ao comportamento da China, o maior cliente de nossas commodities. A economia chinesa dá sinal de perda de fôlego, ainda que pareça cedo falar em pouso forçado, como economistas de bancos com operações na China começam a alertar. E a agenda do G-20?

Melhor deixar para a reunião do FMI em setembro de 2012. Até lá a Europa estará menos senhora de si, sem condição de querer brecar o uso de controles de capitais pelos países emergentes ou pressioná-los a escancarar seus mercados aos produtos europeus em troca de miçangas. O vento mudou de lado. Mas Mantega tem de ficar esperto.

Fonte: Correio Braziliense - 14 Out 2011

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Segue-se, matéria relacionada à Unidade de Estudo 5.1 - "Conjuntura e Relações Internacionais".


Ofensiva diplomática contra o Irã
EUA convocam comunidade internacional a isolar o país após denúncia de complô terrorista

 O governo dos Estados Unidos lançou seu Exército diplomático numa ofensiva em busca de uma resposta mundial contra um suposto complô iraniano para assassinar o embaixador saudita e atacar as embaixadas saudita e israelense em Washington. As ações vão de declarações da secretária de Estado, Hillary Clinton, à mobilização de representantes no exterior para contactarem governos locais, com o objetivo de isolar o Irã. Os primeiros resultados não demoraram a surgir, com a condenação de países como França e Reino Unido, apesar de o caso continuar nebuloso e de os motivos que levariam a um atentado iraniano, incertos.

Embora as medidas sugiram que os EUA deverão buscar novas sanções na ONU, o vicepresidente Joe Biden disse que "nada está descartado". E o presidente da Comissão das Forças  Armadas do Senado, Carl Levin, chegou a classificar como ato de guerra o complô desbaratado pelo FBI (a polícia federal) e pela DEA (a agência antidrogas) para um ataque em Washington.

Mas o tom do dia foi dado por Hillary, que pediu ao mundo para se unir a Washington na condenação ao suposto plano, destacando a violação a leis internacionais, assim como a tratados de proteção a diplomatas.

- O Irã deve prestar contas - exigiu. - Vamos trabalhar com nossos parceiros internacionais para aumentar o isolamento do Irã e a pressão sobre o governo. Convocamos as outras nações a se juntarem  a nós na condenação à ameaça à paz e a segurança internacionais.

Os EUA anunciaram na terça-feira a descoberta de um plano de dois iranianos para matar o embaixador Adel al-Jubeir. Mansur Arbabsiar, naturalizado americano, foi preso há duas semanas, enquanto o outro suspeito, Gholam Shakuri, estaria no Irã, onde serviria na Força Quds, unidade de elite.

O governo acusa Arbabsiar de dar US$100 mil a um agente infiltrado num cartel de drogas mexicano como parte do pagamento para o assassinato. O Irã negou as acusações, afirmando que elas "ameaçam a estabilidade regional". Teerã enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, mostrando sua indignação, e uma queixa à embaixada suíça, que representa os interesses dos EUA no país.

Questionamentos sobre o plano
Na ofensiva lançada ontem, o Departamento de Estado orientou suas embaixadas a levarem a denúncia a governos locais. Vice de Hillary, William Burns se reuniu com todo o corpo diplomático de Washington, enquanto a embaixadora na ONU, Susan Rice, relatou o caso a membros do Conselho de Segurança. Por conta própria, os EUA ampliaram as sanções ao país, incluindo a companhia Mahan Air, que financia e transporta forças iranianas. O presidente Barack Obama ligou ainda para o rei saudita. Segundo a Casa Branca, Obama e o rei Abdullah concordaram que o complô representa uma violação das leis internacionais.

Fonte: O Globo - 13 Out 2011

Segue-se, matéria relacionada à Unidade de Estudo 5.1 - "Conjuntura e Relações Internacionais".


Brasil e EUA se aliam no G-20 a favor de estímulos

Por Assis Moreira 

O Brasil se aliou aos Estados Unidos no G-20 pela adoção de um plano de ação imediato que favoreça estímulos à economia mundial, em vez de consolidação fiscal rápida e simultânea na Europa, que resultaria em mais contração.

Os europeus, por sua vez, dizem não ter margem de manobra e querem o aumento de recursos para o Fundo Monetário Internacional (FMI) socorrer as economias mais combalidas da zona euro. Só que ao mesmo tempo rejeitam abrir mão de poder decisório em favor dos emergentes na entidade.

Com a crise da zona do euro no centro da agenda, ministros de finanças e presidentes de bancos centrais dos principais países desenvolvidos e emergentes fazem amanhã e sábado a última reunião para esboçar o Plano de Ação de Cannes.

Esse plano que os líderes do G-20 pretendem anunciar na cúpula de 3 a 4 de novembro continua causando diferenças no grupo sobre qual tipo de ação imediata ou de médio prazo deve ser adotada para assegurar a recuperação da economia global.

Em recente reunião em Paris, quando a França indagou aos países do G-20 qual compromisso cada um iria assumir, a resposta foi um silêncio geral e embaraçoso.
Um elemento central serão prescrições em áreas como política fiscal, excedente de contas correntes, taxas de câmbio e reformas estruturais com as quais economias "sistemicamente significativas" - EUA, China, França, Alemanha, Índia, Japão e Reino Unido - devem se comprometer.

Mas o ministro de Economia da França, François Baroin, que preside as negociações, defende a participação de todo o G-20, embora com respostas diferenciadas. "O G-20 precisa tomar medidas relevantes, com cada um adotando compromissos com prazos para implementá-los", disse ao Valor um auxiliar do presidente Nicolas Sarkozy.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou ontem a Paris e vai martelar a necessidade de que o país que tiver espaço precisa promover o emprego e distribuir renda, afim de gerar demanda e retomada do crescimento.

Já os europeus, liderados pela Alemanha, têm enfoque de médio prazo na consolidação fiscal e redução das dívidas. A França alega que os países da zona euro não têm muita margem de manobra. O presidente da Comissão Europeia, José Manoel Barroso, decepcionou ontem os mercados com seu plano de recapitalização dos bancos europeus para restaurar a confiança na zona do euro. Barroso fez constatações óbvias e com pouca substância. A falta de detalhes dos planos europeus pode se sentir também na reunião dos ministros do G-20 em Paris. Os EUA e europeus se aliam, por sua vez, para manter a pressão sobre a China e agora sobre países como a Coreia do Sul para que ponham fim a seus regimes de "taxas de câmbio inflexíveis".

Já a China enfatiza a necessidade de as economias avançadas, em particular os EUA, implementarem o compromisso adotado no G-20 de Toronto em 2010, para reduzir déficits pela metade até 2013 e estabilizar ou reduzir a dívida em relação ao PIB até 2016. Além das prescrições de um plano de ação imediato, os ministros vão se defrontar com o pedido de aumento de recursos para o FMI.

Os emergentes, que até recentemente se mostravam dispostos a ajudar no socorro da zona do euro, agora insistem que a fatura é cara: querem desta vez realmente aumentar seu poder no fundo. A Europa, que seria a principal perdedora, quer dinheiro mas não perder poder.

Fonte: Valor Econônico - 13 Out 2011

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Escola do Exército terá curso para civis

FÁBIO GRELLET

O Instituto General Carlos de Meira Mattos, inaugurado pela Escola de Comando e Estado Maior do Exército (Eceme) no último dia 2 de outubro, vai oferecer a partir do próximo ano cursos de pós-graduação lato sensu nas áreas de Ciências Militares e Defesa. Embora a instituição seja subordinada ao Exército, os cursos serão abertos a alunos civis.

As regras do processo seletivo, assim como data das provas e número de vagas disponíveis, serão definidas até o final deste ano e anunciadas por meio do site da Eceme (http://www.eceme.ensino.eb.br/).

Reformulação. O instituto foi criado a partir do Centro de Estudos Estratégicos, que era mantido pela Eceme desde 2000, com o objetivo de estudar problemas de segurança nacionais e internacionais e estimular discussões sobre defesa e segurança.

Agora o centro foi reformulado e recebeu novo nome em homenagem ao general Meira Mattos (1913-2007). Segundo a direção do instituto, a reformulação é fruto da aproximação dos militares com a rotina e as necessidades dos civis.

Atualmente a unidade está selecionando os professores civis - o corpo docente militar já está definido - e tratando de oficializar o novo instituto perante a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), órgão federal que concede bolsas de estudo, avalia os cursos de pós-graduação e divulga a produção científica brasileira. A direção do instituto tem 90 dias, contados a partir de sua criação, para inscrever seu regulamento na Capes.

Veterano de guerra. Carlos de Meira Mattos participou da 2.ª Guerra Mundial como capitão da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Ao passar à reserva, dedicou-se a atividades acadêmicas e ao jornalismo.
Ele foi comandante da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), interventor federal no Estado de Goiás, vice-chefe do Gabinete Militar durante o governo do presidente Humberto Castello Branco, entre 1964 e 67), adido militar na Bolívia e vice-diretor do Colégio Interamericano de Defesa, em Washington, nos Estados Unidos.

O general morreu no dia 26 de janeiro de 2007, aos 93 anos, depois de ficar internado mais de um mês após se submeter a uma cirurgia no abdômen, da qual não se recuperou.

Fonte: O Estado de São Paulo - 11 Out 2011

Segue-se, matéria relacionada à Unidade de Estudo 5.8 - "Proteção de Fronteiras".

BLOG DO PLANALTO

Plano Estratégico de Fronteiras apreende 62 toneladas de drogas em quatro meses

 

O Plano Estratégico de Fronteiras resultou na apreensão, nos últimos quatro meses, de 62 toneladas de drogas, 650 quilos de explosivos, além de armas e munições. Os números foram apresentados pela presidenta Dilma Rousseff hoje (10/10) no programa Café com a Presidenta, em que ela destacou os resultados das operações Ágata e Sentinela e comentou sua visita à Europa na semana passada. 

Ela explicou que o Plano Estratégico de Fronteiras é uma experiência inédita no país, coordenada pelo vice-presidente Michel Temer junto com os ministérios da Defesa e da Justiça. O plano é executado por meio das duas operações: a Operação Sentinela, liderada pela Polícia Federal, e a Operação Ágata, pelas Forças Armadas, que foram responsáveis pela destruição de três pistas de pouso clandestinas usadas por traficantes e pela desativação de um garimpo ilegal escondido em uma área indígena.

“O interessante é que uma operação complementa a outra. Enquanto a Operação Ágata mostra a força de um Estado atento, a Operação Sentinela faz o trabalho cotidiano, permanente, de investigação e informação”, disse.

Durante o programa que foi ao ar esta manhã, Dilma Rousseff fez ainda um balanço de sua viagem de oito dias à Bélgica, Bulgária e Turquia. Ela participou da V Cúpula Brasil-União Europeia, manteve encontros com governos e empresários, e fechou acordos de cooperação em inovação e tecnologia e de ampliação do comércio e de investimentos entre os países. A viagem à Europa foi também, segundo a presidenta, oportunidade para tratar da crise financeira internacional e dos preparativos para a Cúpula do G-20, em Cannes.

Fonte: Blog do Planalto - 10 Out 2011

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Segue-se, matéria relacionada à Unidade de Estudo 4.2 - "Indústria de Defesa, Tecnologia e Inovação".



Brasil inicia produção de nova frota de submarinos, em parceria com França
 
Não é de hoje que o Brasil deseja submarinos montados e projetados no país. O primeiro equipamento desse tipo incorporado à Marinha remonta a 1914, mas levou quase 80 anos até que o primeiro navio com capacidade de submergir fosse construído em território nacional. Tratava-se do Tamoio, um IKL-209 de tecnologia alemã, produzido em1993. Agora, passados mais 18 anos, finalmente chegam à superfície os planos de produção de um submarino projetado no país, graças ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) — parceria estratégica entre os governos brasileiro e francês firmada em 2008 e aprovada pelo Senado somente em abril deste ano.

Os franceses dominam a tecnologia de produção de submarinos convencionais e nucleares. A transferência de tecnologia a ser feita diz respeito à classe Scorpène, do estaleiro Direction des Constructions Navales Services (DCNS). O projeto prevê a construção de quatro submarinos convencionais (S-BR), movidos a motores diesel-elétricos, e um nuclear. Todos serão feitos em novo estaleiro da Itaguaí Construções Navais, criada a partir de uma parceria entre a DCNS e a Norberto Odebrecht. O estaleiro e as demais instalações — que incluem uma base naval, a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem) e a planta da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), estatal que fará as seções cilíndricas do casco — ficarão prontos em 2015. O custo total do programa está orçado em 6,7 bilhões de euros, o equivalente a R$ 16 bilhões, quase o triplo estimado para o reequipamento completo da Marinha brasileira.

O primeiro casco começou a ser feito em 16 de julho, mas os submarinos vão para a água de maneira escalada, sendo que o primeiro entrará em serviço em 2015. O último será finalizado em 2025, sendo que a conclusão do navio nuclear está prevista para 2023. Na prática, é o final da novela do submarino nuclear, cujo programa ficou praticamente em hibernação entre 1994 e 2006 e voltou à tona graças a descoberta de novas reservas de petróleo, o pré-sal, o que demandará novas exigências da Marinha.

No passado, o afundamento do cruzador argentino Belgrano, em 2 de maio de 1982, pelo submarino nuclear britânico Conqueror, na Guerra das Malvinas, reforçou a necessidade de o Brasil ter armas desse tipo — foi o único ataque de um submarino do tipo a uma embarcação até hoje. Quatro embarcações parecem pouco, mas, segundo a Marinha, com o parque formado e a nacionalização de componentes, será mais fácil fazer outros submarinos. O programa espera capacitar 140 fornecedores locais, que serão responsáveis por cerca de 20% das peças, o equivalente a 36 mil itens, como quadros elétricos, bombas hidráulicas, sistema de combate e de controle e baterias de grande porte. Contudo, todas as empresas serão escolhidas pelos franceses, em razão da experiência do estaleiro.

Brasileirinhos
Os Scorpènes nacionais serão alongados em relação ao original CM-2000, de 62m, projetado em conjunto com a empresa espanhola Izar. O peso vai até as 2 mil toneladas, contra 1.500 do Scorpène original. A propulsão usa quatro geradores movidos a diesel para recarregar as baterias, responsáveis por entregar a energia usada pelos motores elétricos para impulsionar a embarcação. Submerso, o novo submarino brasileiro (S-BR) chega aos 20 nós, o equivalente a 37km/h, que caem para 22km/h na superfície. Em ritmo de cruzeiro, o alcance chega a 12 mil quilômetros, o que diminui para pouco mais de mil quilômetros em navegação submersa, sendo que a profundidade de operação chega aos 350m. Os Scorpènes ainda podem ficar até 50 dias debaixo da água. A tripulação terá pelo menos 32 homens, contingente pequeno em razão da automação dos sistemas de controle e armas. Para se ter ideia, os antigos submarinos da Classe Oberon exigiam 74 tripulantes. Na América do Sul, o Chile já tem duas embarcações do tipo Scorpène, usadas também por outros países, como a Índia e a Malásia.

Em relação ao Scorpène original, com mais de 100m de comprimento e deslocamento de até 6 mil toneladas, a variante nuclear será amplamente modificada em razão do espaço superior exigido pelo núcleo do reator. No caso, o Scorpène servirá apenas como base para o desenho final. Estratégicos, os submergíveis nucleares fazem parte de poucos arsenais no mundo: apenas de China, Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia. Surgidos em 1954, quando o norte-americano USS Nautilus foi lançado, os submarinos nucleares são objeto de desejo do Brasil desde 1978, quando também se desenvolveu o programa nuclear nacional. O responsável pela propulsão nuclear do submario é o Centro Tecnológico da Marinha em Iperó, interior paulista, que desenvolve o circuito primário da propulsão, sendo que o combustível (urânio enriquecido) já foi desenvolvido pela instituição.

Ação
Os equipamentos a serem produzidos no Brasil serão de ataque, usados para combater submarinos, embarcações ou outros alvos de superfície. Entre os armamentos, estão seis tubos de torpedos que podem levar 18 torpedos (12 reservas), mísseis antinavio Exocet ou até 30 minas. Toda a manipulação de armas é automatizada. Para diminuir a chance de ser atingido, o casco tem baixo índice de detecção por sonares. A despeito da capacidade de fogo, a dissuasão é o ponto de principal de importância estratégica. A introdução dos S-BRs não tirará os antigos de serviço — quatro submarinos da classe Tupi (IKL-209) e um Tikuna, que ficarão baseados em Itaguaí.

Cada submarino terá aplicações diferentes. Enquanto os convencionais se encarregarão de patrulhar um ponto sempre próximo da costa, o nuclear usará suas vantagens de maior autonomia e capacidade de manter altas velocidades para se deslocar. Algo ideal para a grande extensão de litoral, como destaca a Marinha.
 
Fonte: Correio Braziliense - 10 Out 2011.

Segue-se, matéria relacionada à Unidade de Estudo 3.3 - "Plano de Articulação e Equipamento de Defesa (PAED)" e 4.2 - "Indústria de Defesa, Tecnologia e Inovação".


Saab planeja ir além do caça Gripen no Brasil

Por Virgínia Silveira
 
O presidente da sueca Saab, Hakan Buskhe, disse que existem outras oportunidades de negócios que o grupo pretende explorar no Brasil, além da venda dos caças Gripen para a Aeronáutica brasileira. Segundo Buskhe, a Copa do Mundo de 2014 e os jogos olímpicos de 2016 representam grandes possibilidades de negócios no segmento de radares e de sensores para segurança.

O executivo disse que a empresa está avaliando quais soluções de segurança civil poderiam se adequar às diferentes necessidades desses eventos esportivos, mas acredita que algumas de suas soluções terão chances de ser escolhidas, tanto nesses projetos como em outros eventos. Com quase 13 mil funcionários, sendo sete mil engenheiros, a Saab faturou US$ 4 bilhões em 2010.

"A partir do Centro de Inovação Sueco-Brasileiro, em São Bernardo, projeto que foi encabeçado pela Saab, podemos também adaptar soluções existentes e desenvolver projetos sob demanda, com ótima relação custo-benefício e em conjunto com a indústria brasileira", disse o presidente da companhia sueca.

A Saab, de acordo com o executivo, tem muito conhecimento na área de integração de sistemas sofisticados, que utilizam tecnologia de fusão de dados, e pode ser parceira da indústria brasileira de aviação e de defesa em projetos como o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) e o Sisgaaz (Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul), que estão entre as prioridades do governo na área de defesa.

Para esses projetos, a Saab conta com experiência em sistemas integrados de comando, controle, inteligência e comunicações. "Nossa expertise se encaixa na experiência da Embraer, especialmente na integração de trabalho e no domínio aéreo", afirmou. Buskhe comentou que a empresa está participando da concorrência internacional aberta pela Embraer para o fornecimento do sistema de contra medidas eletrônicas do avião de transporte militar KC-390.

Desde 2001, a Saab mantém uma parceria com a Embraer na área de sistemas aéreos de alerta antecipado. A empresa forneceu para a Embraer o radar de vigilância Erieye, que foi integrado na aeronave ERJ-145, fornecida para a FAB. Essa aeronave também foi exportada para o México e a Grécia.

O executivo ressalta que não vê o Brasil apenas como cliente, mas como parceiro. "Em uma parceria de iguais, teríamos capacidade de transferir tecnologia com acesso incomparável, permitindo autonomia e aumento da segurança nacional, tanto para o Brasil como para a Suécia", disse o executivo referindo-se ao caça Gripen NG que participa da concorrência F-X2.

Sobre o adiamento da compra de caças no Brasil, Buskhe disse que entende a posição do governo brasileiro, que deve tomar a decisão quando melhor lhe convém e que não pretende fazer nenhuma alteração da proposta original que a empresa fez para o programa.

A proposta de transferência de tecnologia para o Brasil, segundo o diretor regional de exportação do Gripen para as Américas, Fredrik Gustafson, prevê uma compensação superior a 175% do valor contratual em cooperação industrial.

A primeira parceria com a indústria brasileira começou em agosto de 2009, depois que a Saab contratou um consórcio de empresas para o desenvolvimento da fuselagem traseira e central do Gripen NG, assim como as asas e as portas principais do trem de pouso da aeronave.

Gustafson destacou que, além da capacidade de integração de sistemas, considerada uma das partes mais importante no desenvolvimento de um caça, a Saab tem controle sobre a fabricação de todos os sensores e do software de guerra eletrônica do Gripen e é responsável pelas licenças de fabricação dos componentes importados.

"Não precisamos de aprovação do Congresso americano para comprar os motores do Gripen. Falamos diretamente com os fornecedores. Nossos clientes na África do Sul, Tailândia e República Tcheca nunca tiveram problemas", afirmou. O executivo disse que cerca de 80% dos motores das aeronaves da FAB são de origem americana.
 
Fonte: Valor Econômico - 10 Out 2011

Segue-se, matéria relacionada à Unidade de Estudo 3.3 - "Plano de Articulação e Equipamento de Defesa (PAED)" e 4.2 - "Indústria de Defesa, Tecnologia e Inovação".


Evolução da frota nacional

Os primeiros submarinos usados pela Marinha vinham da Itália, o que mudou apenas nos anos 1950, quando o país passou a usar modelos americanos, seguindo a política de aproximação do pós-guerra. Nos anos 1970, a Marinha ficou sem fornecedor, já que os EUA passaram a investir em submarinos nucleares. No período, a Grã-Bretanha forneceu as embarcações, sendo substituída na década de 1980, quando chegaram os submarinos alemães IKL-209, classe Tupi. Em 2005, a Marinha construiu o Tikuna, com novas tecnologias como sistemas de tiro e sensores. O modelo daria origem a uma nova classe, que incluiria o S-35 Tapuia, deixado de lado em favor dos Scorpènes, que contarão com mais conteúdo nacional.

Fonte: Correio Braziliense - 10 Out 2011

Segue-se, matéria relacionada à Unidade de Estudo 3.3 - "Plano de Articulação e Equipamento de Defesa (PAED)" e 4.2 - "Indústria de Defesa, Tecnologia e Inovação".


Dilma busca na Turquia parceria em jato militar
Na passagem por Ancara, presidente e ministro Celso Amorim começaram a negociar coprodução de aviões de guerra e aeronaves não tripuladas

JAMIL CHADE, ENVIADO ESPECIAL / ISTAMBUL

Com o objetivo de conquistar maior autonomia em setores militares considerados como fundamentais e não ficar dependente de fornecedores estrangeiros, o governo brasileiro parte em busca de acordos estratégicos para a coprodução de jatos de guerra e aviões não tripulados. Na semana passada, o governo de Dilma Rousseff aproveitou a viagem à Turquia para lançar as bases de projetos militares que serão desenvolvidos com Ancara nos próximos anos.

Dilma já havia mencionado a ampliação da frota aviões não tripulados para o monitoramento das fronteiras, como a da Amazônia, e o tema fez parte da campanha eleitoral. Há poucas semanas, a Polícia Federal colocou em operação o primeiro Veículo Aéreo Não Tripulado, conhecido como Vant. Nos cinco primeiros dias de uso, rastreou mil quilômetros de fronteira com Argentina e Paraguai, principalmente em busca de informações sobre o tráfico de drogas.

Mais recentemente, o Palácio do Planalto aprovou uma série de benefícios de taxas aduaneiras e incentivos para o setor de defesa, também com a meta de fortalecer a produção nacional.

Autonomia

Com os turcos, as conversas entre Dilma, o presidente Abdullah Gul e o ministro da Defesa, Celso Amorim, chegaram a um entendimento de que ambos os países procuram maior autonomia militar. Um dos principais projetos é o do veículo não tripulado, uma iniciativa dos turcos que até agora compravam a tecnologia de Israel. "Nosso objetivo é o de desenvolver um produto nacional e poucos países estão sendo convidados para fazer parte", explicou o embaixador da Turquia no Brasil, Ersin Erçin. "O Brasil é um dos parceiros que queremos ter nessa fabricação", disse.

Outro projeto é a construção de um avião de combate, algo que apenas poucos países hoje têm. "Estamos formando um consórcio para essa fabricação e queremos o Brasil envolvido no projeto", contou o embaixador, indicando que a reunião da semana passada chegou a um entendimento de que esse projeto irá adiante. Uma das opções seria a de usar parte da tecnologia já desenvolvida pela Embraer.

Da parte dos turcos, o acordo também é visto como estratégico. Desde a adesão da Turquia à Otan, o setor de defesa do país foi sucateado, já que o governo americano decidiu doar armamentos por anos para Ancara. Se não bastasse, os turcos passaram a comprar novas tecnologias de Israel, entre elas a de aviões não tripulados. Hoje, 50% das armas turcas são de fabricação nacional. A meta é que, em 20 anos, 80% do arsenal - aviões e equipamentos - sejam turcos.

Fonte: O Estado de São Paulo - 10 Out 2011